Agora uma notícia que vai fazer você
subir pelos móveis: as baratas estão comprovadamente cada vez mais
difíceis de serem exterminadas. É o que aponta uma pesquisa da
Universidade de Purdue, que identificou a resistência a certos tipos de
inseticidas em baratas alemãs (espécie mais comum do inseto). Isso
significa, que a longa exposição das baratas a venenos fez com que a
espécie evoluísse e se torna-se resistente.
Para realizar a pesquisa, os cientistas analisaram
diferentes apartamentos e prédios de Danville (Illinois), e em
Indianapolis (Indiana), ao longo de seis meses. Nos locais, eles
dividiram as baratas em três grupos. O primeiro grupo foi exposto a um
único tipo de inseticida; o segundo recebeu dois tipos de venenos; e o
último recebeu dosagens alternadas dos três tipos de pesticidas. Além
disso, para estudar os efeitos dos produtos aplicados em gerações mais
novas, os pesquisadores levaram algumas baratas de volta para o
laboratório (após a aplicação do veneno ) e deixaram ela em contato com
outras baratas.
Na maior parte dos casos, ou a população se manteve estável ou se multiplicou, mostrando a ineficácia dos produtos.
Segundo o especialista da Universidade de Sydney, Bryce
Peters, a resistência das baratas pode ser explicada pelo seu incrível
poder de reprodução. "As baratas têm um ciclo de vida realmente rápido e
nas condições certas podem produzir cerca de 400.000 descendentes por
ano", disse.
A pesquisa mostrou ainda que as baratas filhotes também se
mostraram resistentes a classes de pesticidas a que nem haviam sido
expostas, o que comprova a evolução e resistência da espécie.
Parece que a lenda urbana que diz que apenas uma barata é
capaz de sobreviver a um acidente nuclear pode se provar verdadeira,
ein? Mas muita calma. A pesquisa poderá ser utilizada para o
desenvolvimento de novos produtos que consigam evitar o domínio do mundo
pelas baratas.
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